Mais dois são presos suspeitos de envolvimento na morte de jovem no interior do Acre
18/10/2025
(Foto: Reprodução) Caso João Vitor: Mais dois são presos suspeitos de envolvimento no assassinato de jovem
Mais dois homens foram presos por suspeita de envolvimento no assassinato de João Vitor da Silva Borges, de 21 anos, nesta sexta-feira (17). Somente nesta semana, três suspeitos do caso foram presos em Cruzeiro do Sul, interior do Acre. Pelo menos 16 pessoas já foram presas nesta investigação.
Denominada de Operação Sinério, a ação prendeu os homens apontados como integrantes do “conselho rotativo” de uma facção criminosa, considerados como parte da alta cúpula da organização. A ação foi liderada pelo Núcleo Especializado de Investigação Criminal (NEIC).
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João Victor, de 21 anos, foi achado morto dentro do Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre
Arquivo pessoal
Segundo o delegado responsável pelo caso, Heverton Carvalho, os suspeitos também são investigados por envolvimento em outros homicídios e roubos na região.
O delegado também alegou que os suspeitos tinham papel de liderança, sendo responsáveis por ordenar execuções e autorizar assaltos. Com os suspeitos, a polícia apreendeu duas armas de fogo, sendo um revólver e uma pistola.
"Indivíduos de alta periculosidade que, inclusive, resistiram à prisão, sendo necessário por parte da equipe policial usar do uso moderado da força e, graças à atuação policial, não houve maiores danos", explicou.
Terceira prisão em uma semana
Com esta, foram três prisões ocorridas nesta semana, que supostamente fizeram parte da execução do jovem de 21 anos. Um homem de 23 anos foi preso na última terça-feira (14) suspeito de envolvimento na execução de João Vitor. De acordo com a Polícia Civil, ele era integrante da organização que determinou o assassinato de João Vitor.
João Vitor desapareceu no dia 8 de março após sair de casa sem avisar para onde ia, em Cruzeiro do Sul. O corpo foi encontrado três dias depois no Rio Juruá.
Ainda conforme a polícia, o suspeito estava na chamada de vídeo feita pela organização para decidir se João Vitor seria morto ou não. O jovem preso, segundo as investigações, era responsável pelas finanças da facção e chegou a mudar de apelido para tentar despistar a polícia.
"Esses indivíduos que estavam presentes [na execução] fizeram ligações em uma chamada de vídeo, foi possível identificar e possível fazer a qualificação de todos esses indivíduos envolvidos", explicou.
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Motivação
Em julho deste ano, ao prender um outro suspeito, delegado informou que os supostos integrantes da facção se irritaram com o jovem por conta do envolvimento dele em uma abordagem da PM cerca de um mês antes do assassinato, na qual ele ajudou a imobilizar um suspeito.
A abordagem foi filmada por populares que estavam na região. As imagens mostram João Vitor dando um 'mata-leão' no suspeito, deitado na rua. Nas imagens, algumas pessoas se aproximam e conseguem afastar os dois rapazes.
"É uma situação que os indivíduos da facção tiveram certa raiva dele por um episódio que acabou acontecendo ali no Centro da cidade, em decorrência de uma abordagem. Depois, foram nas redes sociais e falaram algumas coisas e isso, de certa forma, criou uma revolta desses indivíduos que resolveram sequestrar e fazer a execução com posterior ocultação do seu cadáver", acrescentou.
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