Operação policial no Rio prende parentes de traficantes acusados de emprestar conta bancária para o Comando Vermelho

  • 15/01/2025
(Foto: Reprodução)
Uma das acusadas, namorada de um traficante, fazia parte do esquema junto com os pais. Os três participaram de um núcleo que lavou mais de R$ 1,5 milhão, segundo o MP. Operação policial no Rio prende parentes de traficantes, a maioria mulheres Uma operação policial no Rio de Janeiro prendeu parentes de traficantes acusados de emprestar a conta bancária para movimentar dinheiro do Comando Vermelho. Esposas, mães, irmãs, sogras de traficantes. Dos 14 alvos da operação desta quarta-feira (15), oito eram mulheres. Segundo a polícia e o Ministério Público, bandidos do Comando Vermelho usaram a própria família para montar um grande esquema de lavagem de dinheiro. Entre saques, depósitos e pagamentos, Roberta Guerra Aleixo, presa de manhã em casa, fez mais de 700 transações suspeitas. "Essas mulheres que foram alvo na operação de hoje têm diferentes graus de ligação com indivíduos da facção", afirma o delegado Gustavo Rodrigues. A partir da quebra do sigilo fiscal dos envolvidos, os investigadores conseguiram rastrear, nos últimos seis anos, quase 5 mil operações bancárias atípicas, que somam R$ 21 milhões. Quantia que, segundo a polícia e o MP, faz parte da caixinha do Comando Vermelho. Essa "caixinha" é um fundo de financiamento do crime e é abastecida com dinheiro que os pontos de venda de droga pagam mensalmente ao comando da facção, além de ganhos com roubo de carga, de carros, taxas ilegais cobradas em favelas. Segundo as investigações, com o dinheiro da caixinha, os traficantes encomendam drogas, armas para invadir outras favelas e também ajuda financeira para a família dos comparsas que estão presos. "A importância disso é quebrar esse fluxo financeiro e cada vez mais dificultar que eles usem o sistema bancário formal para atuar como se uma empresa fosse”, diz o delegado Gustavo Rodrigues. A investigação descobriu ainda que a caixinha do Comando era administrada de dentro do presídio de Bangu 3. Para não chamar atenção dos órgãos de fiscalização e controle, os depósitos e saques eram feitos em agências bancárias e lotéricas, sempre em valores menores que R$ 10 mil e em dinheiro vivo. Segundo a denúncia, os donos das chamadas "contas de passagem" eram "lavadores profissionais" e ficavam com uma pequena parte do dinheiro. Operação policial no Rio prende parentes de traficantes acusados de emprestar conta bancária para o Comando Vermelho Jornal Nacional/ Reprodução Uma das acusadas, namorada de um traficante, fazia parte do esquema junto com os pais. Os três participaram de um núcleo que lavou mais de R$ 1,5 milhão, segundo o MP. "Não só emprestavam suas contas, em alguns casos, como outros usavam suas contas e movimentavam suas contas e de seus familiares para promoverem esse fluxo financeiro", afirma Laura Minc, promotora do Gaeco. A polícia não tem dúvidas de que parte do dinheiro também bancou piscinas, academias e outros luxos nas casas dos chefes da facção. Como as que foram descobertas no Complexo do Alemão, onde policiais enfrentaram barricadas e até óleo na pista durante a operação desta quarta-feira (15). Três suspeitos morreram, 13 pessoas foram presas e oito fuzis apreendidos pela polícia. Na delegacia, cinco das mulheres presas admitiram que emprestavam as contas bancárias. Roberta Guerra Aleixo negou participação no esquema. LEIA TAMBÉM ‘Caixinha do CV’: quem são e como agiam as mulheres presas por operar o fundo do tráfico Operação contra a 'Caixinha' do Comando Vermelho no Alemão e na Penha tem 3 mortos e 12 presos

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/01/15/operacao-policial-no-rio-prende-parentes-de-traficantes-acusados-de-emprestar-conta-bancaria-para-o-comando-vermelho.ghtml


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