Semáforos inteligentes: sistema fica comprometido com suspensão de nova licitação em Ribeirão Preto, diz ex-secretário

  • 20/10/2025
(Foto: Reprodução)
CPI dos Semáforos: ex-secretário cita dinheiro em caixa para fase 2 do projeto O ex-secretário de Obras de Ribeirão Preto (SP), Pedro Pegoraro, garantiu nesta segunda-feira (20) que a gestão anterior deixou R$ 35 milhões para a segunda fase da implementação do sistema inteligente de semáforos da cidade, suspensa no começo do ano pelo prefeito Ricardo Silva (PSD). Segundo Pegoraro, tanto essa etapa quanto uma terceira, complementares à primeira, em andamento ao custo de mais de R$ 20 milhões, são importantes para o funcionamento pleno do projeto que visa modernizar o trânsito da cidade com informações em tempo real. As falas foram feitas durante audiência na Câmara para uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investiga irregularidades na execução do contrato. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp "Eu não teria a menor dúvida de licitar o [ITS] dois e o três, senão a cidade não vai receber todo potencial que ela precisa, a cidade precisa desse prosseguimento. Se ela ficaram sem isso, todo investimento que se fez vai se perder", disse. Em nota, a Prefeitura informou que os recursos mencionados pelo ex-secretário na verdade são provenientes de financiamentos e não configuram recursos livres em caixa. Também informou que optou não dar continuidade às demais etapas do projeto por problemas identificados na execução da primeira fase. "Por responsabilidade e zelo com o uso dos recursos públicos, optou-se por não prosseguir com o cronograma de licitação elaborado pela gestão anterior." Durante a audiência na Câmara, Pegoraro também mencionou a responsabilidade de outros órgãos da administração, como a Secretaria de Infraestrutura e a RP Mobi, quando questionado sobre problemas de manutenção e execução que levaram à obstrução de dutos para a passagem de cabos de fibra ótica do sistema. Ao final, os vereadores deliberaram pela convocação de representantes do Consórcio ITS, que devem ser ouvidos no dia 29 de outubro, às 16h. Semáforo vermelho Ribeirão Preto, SP Cacá Trovó/EPTV LEIA TAMBÉM Obstrução de dutos para passagem de cabos pode ter atrasado sistema inteligente de semáforos em Ribeirão, diz diretor da RP Mobi Ribeirão Preto vai gastar R$ 20 milhões sem garantia de que sistema inteligente de semáforos vai funcionar, diz secretário Integrante da OAB sugere prorrogar contrato contra impasse dos semáforos inteligentes em Ribeirão Preto Sistema inteligente de semáforos Atrelado a uma série de intervenções para melhorias da mobilidade em Ribeirão Preto, o sistema inteligente de semáforos foi dividido em três etapas por questões orçamentárias, segundo a gestão anterior. A primeira teve o contrato firmado pelo Executivo em 2022 com empresas que formam o Consórcio ITS. Pelo valor inicial de R$ 19,4 milhões - depois atualizado para R$ 20,4 milhões, a contratação previa a instalação de câmeras, sensores, cabeamento e tecnologias no eixo norte-sul dos corredore de ônibus, e que permitirão à RP Mobi monitorar e otimizar em tempo real o trânsito, principalmente do transporte público, e o sistema semafórico da cidade por meio de um centro de controle de operações (CCO). A etapa seguinte, orçada em R$ 34,8 milhões, previa a mesma infraestrutura para o eixo leste-oeste dos corredores, e teve licitação lançada ainda na gestão de Duarte Nogueira (PSDB). Mas, assim que assumiu, o prefeito Ricardo Silva suspendeu o processo. A alegação, segundo nota da Prefeitura divulgada em junho deste ano, foi de que seria preciso realizar "uma análise criteriosa quanto à real necessidade da contratação e à viabilidade de sua continuidade." Projetos estavam alinhados, diz ex-secretário Pegoraro compareceu espontaneamente à Câmara depois de ser convidado pelos parlamentares da CPI e rebateu críticas do atual secretário de Obras, Walter Telli, que alegou a falta de planejamento como um dos problemas do contrato. O ex-secretário afirmou que, na fase de contratação de projetos executivos, que antecede a execução dos projetos, o sistema inteligente de semáforos foi elaborado em um tempo muito próximo ao dos corredores de ônibus. Segundo ele, a fase 1 do sistema já tinha sido elaborada em 2018, seis anos antes da licitação para sua execução. "Não tem delay tão grande assim. Eles realmente começaram depois, mas durante a execução do projeto executivo, que é aquele que planeja a obra, havia uma conversa muito grande, tanto é que todos os postes, toda a rede de duto que foi colocada nas obras, estão dentro das especificações do ITS. Algumas situações aconteceram, são obstruções que aconteceram, mas o projeto, o poste, o tubo, está no lugar correto", argumentou. Pedro Pegoraro, ex-secretário de Obras de Ribeirão Preto, ouvido em CPI na Câmara. Reprodução/Youtube RP Mobi tomava decisões técnicas Pegoraro também afirmou que, desde o desenho do projeto e da contratação de uma primeira empresa para a elaboração do plano executivo, várias repartições do município estiveram envolvidas na iniciativa, inclusive como parte de um grupo de trabalho dedicado a discutir as melhorias da mobilidade em Ribeirão Preto. O secretário confirmou que houve problemas na implementação da primeira fase do projeto, mas que a Secretaria de Obras fez o que lhe cabia. "A manutenção era de responsabilidade da Infraestrutura, nunca foi responsabilidade nossa." Pegoraro afirmou que já havia acionado a empresa responsável, a JZ Engenharia, em diferentes situações e conseguiu corrigir outras falhas relacionadas a postes,sinalização e ciclovias no cruzamento das avenidas Recife e Thomaz Alberto Whatelly, mas que não teve tempo suficiente para solucionar o problema ligado à obstrução dos dutos porque as conversas ocorreram no fim do mandato. "Quando o ITS chegou àquele setor em meados de agosto, setembro do ano passado, eles identificaram alguns problemas, esses problemas foram tratados em reunião na RP Mobi. (...) A Secretaria de Obras imediatamente convocou a empresa para que verificasse as falhas. (...) A empresa relutou, que era manutenção e não erro técnico, o engenheiro contestou. (...) Isso foi no dia 26 de dezembro." Questionado sobre o cronograma de implementação do sistema como uma possível causa para esses problemas de obstrução, Pegoraro mencionou que, embora o contrato com o Consórcio ITS tenha sido firmado com a Secretaria de Obras, por uma exigência da Caixa Econômica Federal, a RP Mobi, empresa de mobilidade urbana de Ribeirão Preto, tinha responsabilidade na tomada de decisões técnicas. "Até hoje a RP mobi é uma autarquia. Infelizmente por essa razão não ficou com a RP Mobi, o que a meu ver seria o correto, então a Secretaria de Obras é quem fez os processos licitatórios, mas a supervisão de todos os projetos foi acompanhada pela RP Mobi. (...) Depois, quando foi contratado o ITS, o Consórcio está basicamente atendendo às diretrizes e orientações técnicas da RP Mobi." Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca

FONTE: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2025/10/20/semaforos-inteligentes-nova-etapa-suspensa-pela-prefeitura-compromete-funcionamento-do-sistema-em-ribeirao-preto-diz-ex-secretario.ghtml


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